R: Quem não sabe escrever.
«(...) um adjetivo, remete-me logo para os verbos (...) as cabeças dos programadores não pensão todas da mesma maneira (...) deixo-vos um ótimo artigo (...)»
I rest my case.
É assim a vida...
Lamenta-se a morte da língua portuguesa... assiste-se ao seu funeral... ergue-se a cabeça e segue-se em frente; para Norte, towards the English language...
Estive para comentar a anterior entrada sobre o AO. Não fiz. Mas agora não resisto... Diga lá em que dado minimamente credível se baseia para afirmar que quem adere ao AO é quem não sabe escrever?
ReplyDeleteO seu argumento é tão válido como os que dizem que quem não adere é retrógrado...
Observação pura e simples.
ReplyDeleteNas variadas comunidades online onde participo cruzo-me com milhares de pessoas, dos mais variados meios sociais e intelectuais.
E estou atento, muito atento, à escrita de cada um.
A observação permite concluir duas coisas, uma óbvia, a outra não.
Conclusão óbvia:
A esmagadora maioria das pessoas não aderiu ao acordo ortográfico.
Conclusão nada óbvia (mas não menos real que a óbvia):
Tirando os professores (que foram obrigados a isso), dos poucos que aderiram voluntariamente ao AO, todos têm graves deficiências na ortografia (por exemplo, erros do tipo "passaste" / "passas-te", "há" / "à", ou "pensam" / "pensão" como descrito acima).
Ainda pior que isso:
O sr. Rui Tavares (a par de Vital Moreira, os únicos colunistas do Público que aderiram ao AO), num dos seus artigos de opinião escritos segundo o AO, também ele deu um monumental erro ortográfico.
Cuidem de aprender a escrever primeiro, em lugar de se armarem em intelectuais por terem aderido ao AO (e serem gozados por todos pela pedantice de aderirem ao AO sem terem o brio de aprender a escrever correctamente a língua que estão a destruir).