Tuesday, 25 September 2012

AO90: é só vantagens...

(Actualizado a 21/11/2012)

Acabou de me telefonar o meu agente da Optimus, para efectuar a troca de pontos.
Simplesmente disse-lhe que não ia mais vez nenhuma trocar pontos por equipamentos (telemóveis), porque agora todos os telemóveis vêm com o Acordo Ortográfico (AO90).
Prefiro continuar com o Samsung Galaxy SII (sem AO90), em lugar de trocar pelo Samsung Galaxy SIII (com AO90).
Portanto, a alternativa é trocar os pontos por desconto em factura.
São cerca de 10€ a menos por mês na factura.
ACTUALIZAÇÃO: Chegou a documentação. Não são 10€. São 16€. Na factura com IVA traduz-se numa poupança de quase 20€ mensais (19.68€).

  • Pago menos na factura.
  • Pago menos IVA.
  • A Samsung vende menos umas centenas de Euros.
  • O Governo recebe menos IVA e menos IRC.

Tendo em conta tudo o que já deixei de comprar e consumir à conta do AO90, posso dizer que o AO90 se revelou um excelente negócio para mim, e um negócio desastroso para o Governo e para quem decidiu adoptar o AO90.
Façam as contas ao que já poupei, ao deixar de comprar e consumir:

  • Assinatura da DECO-PROTESTE
  • Semanário Expresso
  • Revista Visão
  • Revista Exame
  • Revista Exame Informática
  • Outras revistas portuguesas de informática
  • Outras publicações (como a National Geographic e outras)
  • Cinema
  • DVD's e Blu-Ray's
  • Software Microsoft
  • etc.

Estou a poupar largas dezenas de Euros por mês.
Obrigado AO90.

Friday, 14 September 2012

Combater o Acordo Ortográfico

São muitos os que pretendem travar o Acordo Ortográfico de 1990 (AO90). No entanto, até ao momento, a palhaçada do AO90 continua.

Existiram, e continuam a existir, várias tentativas de travar esta aberração. Uma delas é bastante conhecida:
ILC contra o Acordo Ortográfico

Acontece que, o peso político individual dos muitos que pretendem travar o AO90 não é suficiente.
O verdadeiro motivo que moveu a criação do AO90 é, e sempre foi, económico. Os "lobbies" - os interesses - económicos que são subjacentes ao AO90 conseguem efectuar uma maior pressão política para a manutenção do Acordo Ortográfico.

Mas, neste instante, esses interesses já são menores.
Vejamos alguns:

  • Os novos dicionários que eram esperados vender já foram quase todos vendidos.
  • A legislação que impede a mudança de manuais escolares a cada ano lectivo já foi subvertida através da inclusão do AO90.
  • Os tradutores que tinham a expectativa de conseguir mais trabalho já verificaram que o tiro saiu pela culatra.
  • Quem ia lucrar com a formação profissional já lucrou o que tinha a lucrar.
  • Etc.


Portanto, esta é a altura certa para mostrar o contrário. Mostrar o que têm a perder.

O combate contra o Acordo Ortográfico é uma luta constante, e assinar uma petição não basta. É necessário pressionar os agentes económicos de modo a que transfiram essa pressão para o poder político.

Se querem efectivamente travar o AO90, pressionem os vossos fornecedores de bens e serviços. Deixem de comprar, deixem de ler, deixem de subscrever, etc. tudo o que use o Acordo Ortográfico. E façam com que eles saibam a razão da vossa recusa.

Dou alguns exemplos:

DECO, cancelamento de assinatura [Ana Isabel Buescu]
«(...) Decidi há algum tempo deixar de ser sócia da v/ Associação, precisamente no momento em que recebi o primeiro número da Revista em que esta passou a apresentar-se escrita de acordo com as regras do “Acordo” Ortográfico. (...)»

Cancelamento de Assinatura da DECO ProTeste
«(...) Bem, a DECO adoptou o Acordo Ortográfico... nada como aproveitar a oportunidade para fazer algo que já desejava fazer há muito: deixar de ser associado da DECO ProTeste. (...)»

(Des)Acordo Ortográfico separa os "maquisards" dos "vende-pátrias"?

«(...) um leitor a solicitar o cancelamento imediato, a partir de 1 de [J]aneiro, da sua assinatura ele[c]trónica e a devolução do montante referente aos números que não serão usufruídos. Mais grave do que isso, o leitor despedia-se do DN, deixando de o ler - até que o Acordo Ortográfico de 1990 seja extinto. (...)»
(NOTA: a bem dos leitores deste blog, foram eliminados os erros ortográficos da citação)
E o resultado está à vista de todos:
PÚBLICO bate recorde de pageviews a menos de um mês do lançamento do novo site
Um dos poucos jornais que não adoptou o AO90 ganha leitores. Uma vez que os restantes se queixam da perda de leitores, não deverá ser apenas coincidência.
Vejamos se esse tal "novo site" não se traduzirá numa adopção do AO90. Se tal acontecer, prevejo uma súbita perda de leitores.

Pessoalmente, tenho feito o seguinte:

  • Sempre que leio algo escrito segundo o AO90, mudo de canal. Qualquer dia, deixo de subscrever o serviço da ZON, e passo a ouvir rádio em lugar de ver TV.
  • Deixei de comprar revistas e jornais que escrevam segundo o AO90. Nomeadamente, pois foram pioneiros, as publicações do grupo Impresa.
  • Deixei de ir ao cinema (há cerca de dois anos que não ponho lá os pés).
  • Nunca mais comprei DVD's nem BLU-RAY's de filmes.
  • Passei a usar as versões em inglês dos sites, incluindo HOMEBANKING!
  • Solicitei que todas as comunicações, das empresas das quais sou cliente e que aderiram ao AO90, fossem feitas em inglês.
  • Já não vou trocar mais de telemóvel, porque os mais recentes já vêm com o AO90.
  • Deixei de subscrever todas as newsletters por e-mail que viessem em português com o AO90.
  • No Facebook removi tudo o que use AO90.
  • Mudei para OPEN/LIBREOFFICE, pois continuam a ter dicionários em português sem AO90 (Pré-AO90).
  • Etc.


Se alguém pensar que é difícil, ou exagerado, fazer este tipo de combate, então posso assegurar que traz vantagens fantásticas:

  • A vida fica mais fácil. Um dos problemas actuais é o enorme volume de informação a que somos sujeitos diariamente. Ao rejeitar todas as fontes que usem o AO90 reduzimos o volume de informação, e assim simplificamos a nossa vida.
  • A crise económica fica mais suportável. Ao longo de todo este tempo, em que deixei de consumir tudo o que tenha AO90, poupei muito dinheiro. Façam as contas às revistas e jornais que comprava, e que deixei de comprar. Acrescentem os bilhetes de cinema, DVD's e BLU-RAY's. Acrescentem as mensalidades dos serviços que cancelei. E sem falar nas trocas de telemóvel que vou deixar de fazer.
Façam a experiência.
Depois, tal como eu, agradeçam ao Acordo Ortográfico.

Actualização com testemunhos:
Toodle-oo, Portuguese - Vais mal, Portugal